segunda-feira, 21 de junho de 2010

Como pode?!

Semana passada, voltando do trabalho, fui literalmente SALVA por Rilke. Já tinha ouvido falar dele, mas não de sua profundidade:

"ainda lhe restam as noites que passam pelas árvores e sobre muitas terras" (Rainer Maria Rilke)

Dentre tantas pertinentes observações que ele fez sobre o trabalho, o emprego enfadonho e o abandono diante da vida, ele me lembrou, simplesmente, do que em mim eu havia esquecido: sim, o vento que movimenta um simples galho de uma árvore, por um instante, pode ser meu. Ou melhor, pode comungar comigo algo que não sei explicar.
Tal sensação acalantadora não é unicamente descrita por esse poeta. Outros já o disseram:

"Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido." (Fernando Pessoa)

E é com a sensação de que preciso, ainda, muito e urgentemente, aprender a amar o vento tal como eles dizem que inicio esse blog e termino aqui essa postagem.